quinta-feira, 28 de setembro de 2017

{Crítica} O menino do pijama listrado

Título: O menino do pijama listrado
Direção: Mark Herman
Duração: 1h 30 min
Gênero: Drama
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Sinopse: Rachel (Emily Blunt), uma alcoólatra desempregada e deprimida, sofre pelo seu divórcio recente. Todas as manhãs ela viaja de trem de Ashbury a Londres, fantasiando sobre a vida de um jovem casal que vigia pela janela. Certo dia ela testemunha uma cena chocante e mais tarde descobre que a mulher está desaparecida. Inquieta, Rachel recorre à polícia e se vê completamente envolvida no mistério.

          'O menino do pijama listrado' é uma adaptação do famoso livro de John Boyne, que ganhou o coração do mundo e chamou atenção de Hollywood.
           O filme se passa em 1940 e tem inicio com um garoto Bruno retornando da escola, seu pai é um oficial nazista de grande patente que está sendo promovido e toda família terá que se mudar de uma bela casa em Berlim para morar próximo á um campo de concentração. Seu pai não diz à família que está indo há uma missão, apenas se mudam sem muita explicação do que esta acontecendo.
          Bruno tem nove anos e diferente das outras crianças de sua idade, não tem amigos, não têm vizinhos, e também não pode se dirigir aos empregados. Morando em um local totalmente distante de tudo e todos, sua única companhia é a imaginação, ela passa grande parte do tempo brincando no quintal e imaginando coisas e até mesmo pessoas e amigos, já que nesse regime tão árduo imposto pelo pai ela também não vai à escola e é forçado a estudar em casa.
          Bruno é um mero sonhador, e sempre que olha pela janela imagina que o campo de concentração seja uma ‘fazenda’ e lá terá amigos para brincar. Invadido pela curiosidade em saber o que tinha na fazenda ele se esconde da mãe e vai até lá, o que ele encontra não é um cenário tão alegre, mas por ser tão inocente acaba passando despercebido. Shmuel é a primeira e única pessoa que ele encontra um menino que deve ter a mesma idade que ele, sentado próximo a um carrinho de mão, com o olhar triste, aparentemente machucado e com fome. Com toda sua inocência ele vê a possibilidade de um novo amigo, mas Shmuel vive do outro lado da cerca e está sempre com seu pijama listrado e numerado.
          As visitas de Bruno começam a ser mais frequentes, ele não entende o que acontece, só consegue enxergar em Shmuel um amigo.
          Depois de muito tempo sua mãe descobriu que a fazenda ao lado se trata de um campo de concentração, mas mesmo assim continua tapando o sol com a peneira. As coisas começam a sair do controle quando ela passa a brigar com marido constantemente, e vê a filha abandonar as bonecas para flertar com um soldado. Seu marido está cada vez mais envolvido em algo que ela não gosta, mas depois de muitas brigas ela o convence que deve voltar com os filhos a Berlim para continuarem a ter uma vida dentro do normal.

O que mais a intriga é a resistência de Bruno a voltar para a velha casa e os antigos hábitos. Bruno corre até o amigo para dizer que está de partida, mas encontra Shmuel mais triste do que ele esperava. Shmuel, explica que alguns homens foram levados para trabalhar e não voltou, e dentre eles esta seu pai.

Bruno com toda inocência decidi que na manhã seguinte irá passar a cerca e ajudar na procura do pai de Shmuel, mas para isso seu amigo ficara encarregado de encontrar um pijama para que ele possa se misturar no meio dos outros sem levantar suspeita. O dia combinado chega, Bruno troca de roupa e passa para o outro lado da cerca...

O desfecho do final é extremamente emocionante... A pureza e a ingenuidade nas atitudes de Bruno e Shmuel enfatizam ainda mais o horror vivido em tempos de guerra, que acabou de uma maneira ou de outra com a vida de muitas pessoas. Foram poucas as vezes que vi o tema ‘guerra’ ser explorado com tamanha maestria, trazer a visão ingênua de uma criança em um mundo cruel dos adultos, foi muito tocante.




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