Autor (a): Isabela Freitas
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Gênero: Chick-Lit; Autoajuda
♥ ♥ ♥ ♥ ♥ (★)
Desapegar:
remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que
mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar
sozinha? Que me desculpe o criador da frase “você deve encontrar a metade da
sua laranja”. Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros
distraídos. Tudo começa com um ponto-final: a decisão de terminar um namoro de
dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As amigas acharam
que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles formavam um casal
PER-FEI-TO! Mas por trás das aparências existia uma menina infeliz, disposta a
assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha. Estava na hora de
resgatar o amor-próprio, a autoconfiança e entrar em contato com seus próprios
desejos. Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é, Isabela precisa primeiro
lidar com o assédio de um primo gostosão, das tentações da balada e,
principalmente, entender que o príncipe encantado é artigo em falta no mercado.
Isabela Freitas, em seu primeiro livro, narra os percalços vividos por sua
personagem para encarar a vida e não se apegar ao que não presta, ainda assim,
preservando seu lado romântico.
“Sabe o meu namoro? Então,
terminei. É difícil depois de um bom tempo junto com outra pessoa não ter pelo
menos uma listinha de motivos para dar um ponto-final. Quando a coisa esta
definhando, a gente segura até onde dá, porém chega um momento em que tudo voa
pelos ares, como quem acorda num dia e, de frente pro espelho, fala: “Cansei da
cor deste cabelo”. Eu cansei, cheguei no meu limite!”
Ninguém consegue entender essa decisão de terminar
com o mocinho bonzinho, já que eles formavam o casal perfeito. É, ai que Isa
abre o coração e nos conta tudo sobre aquele “casal perfeito", a
infelicidade que ela sentia, e o quanto se esforçou para manter as aparências.
Por mais difícil que seja, chega uma hora que CHEGA, e agora ela precisa
praticar o desapego das coisas que não a fazem bem.
“Louca
eu? Loucos são os que mantêm relacionamento ruins por medo da solidão! Loucos
são os que aguentam desaforos seguidos para não se verem só em suas próprias
companhias.”
A história não acompanha a ordem cronológica dos
fatos, mas a autora desenvolve a trama em um jeito super fofo que prende
o leitor. Isabela vai passar por uma série de desilusões e recomeços, momentos bons
e ruins, amadurecimentos e ensinamentos sobre o amor.
Ao longo dos capítulos vamos acompanhando todas as
fases pós-término: a negação, a solidão, o medo, a vontade de ir para balada, a
ficada descompromissada, e o vazio. Isa é aquela mulher durona, que sonha com o
amor e enxerga amor em qualquer demonstração de afeto, isso à quebra
constantemente. Com isso temos choros, desilusões, e pequenas lições.
A personagem é cheia de medos, assim como todas
nos, e desapegar não vai ser nada fácil, mas é necessário. E isso vai construí-la
cada vez mais.
“Eu
poderia machucar, ferir, apertar as feridas. Mas eu prefiro continuar vivendo.
A vida é tão linda para ficarmos alimentando mágoas. Viva.”
O livro é um amorzinho, e não tem como não se
identificar com a Isa nem que seja um pouquinho. O final da obra me trouxe um
sorrisinho bobo, me diverti muito com a leitura.
Para
quem esta na fossa, ou tem uma amiga que precisa passar por este processo de
recomeço, eis uma história gostosa e muito rápida de se ler. Isabela escreveu
como uma amiga, tentando nos ensinar o aprendeu na vida.
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