O psicopata
americano é um dos mais radicais relatos sobre a
banalidade da violência, do consumo e do vazio da geração de yuppies que viveu
sua juventude nos anos 80. O protagonista é Patrick Batemann, um jovem de 26
anos que de dia fatura uma fortuna trabalhando em Wall Street e à noite se
acaba em festas regadas a cocaína e uísque. Quando se sente muito entediado,
sai pelas ruas de Nova York assassinando brutalmente mendigos, torturando
prostitutas e todos aqueles que de alguma forma o entediam. Sem piedade, sem
remoço, sem consciência, em seguida saindo para tomar um drinque ou fazer
compras em lojas de grifes.
Essa violência explícita fez com que o
lançamento da primeira edição de O psicopata americano, em 1991,
fosse coberto de polêmica: as associações feministas protestaram, a editora que
inicialmente iria publicar o livro acabou recusando-o e escritores saíram em
defesa do direito de expressão. O livro – tido como “inflamável” – acabou sendo
levado ao cinema em 2000, com Christian Bale no papel principal, levantando uma
série de reflexões sobre a obra de Bret Easton Ellis, que produziu um dos mais
perturbadores e provocativos relatos de uma geração.
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