{Crítica} Logan

Título: Logan

Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Dafine Keen, Boyd Holbrook, Stephen Merchant, Elizabeth Rodriguez e Richard E. Grant.

Direção: James Mangold
Gênero: Drama, Ficção científica 

Duração: 2:17
♥ ♥ ♥ ♥ ♥ (★) 

Sinopse: Em 2029, os mutantes estão em declínio e as pessoas não sabem o motivo. Uma organização está transformando as crianças mutantes em assassinas e Wolverine (Hugh Jackman), a pedido do Professor Xavier (Patrick Stewart), precisa proteger a jovem e poderosa Laura Kinney (Dafine Keen), conhecida como X-23. Enquanto isso, o vilão Nathaniel Essex amplia seu projeto de destruição.

O tempo passa até para os melhores heróis, em 2029 Logan colhe os efeitos por ter sido o Wolverine por tanto tempo, bem mais velho e cansado, fisicamente e psicologicamente, com seu fator de cura entrando em declínio o antigo herói agora trabalha como chofer, atividade que garante seu sustento e de seu companheiro Charles Xavier, o dono do cérebro mais poderoso do mundo, agora nonagenário e com Alzheimer. A vida dos dois mutantes vira de cabeça para baixo quando a pequena Laura Kinney cruza seus caminhos.

 A produção cinematográfica tem influências evidentes da HQ “Old Man Logan”, escrito por Mark Millar e ilustrado por Steve McNiven, mas acredito que a grande nostalgia fica por conta da grande sacada de aposentar o Wolverine de Hugh Jackman e apresentar uma sucessora em potencial, já que a pequena Laura X-23 pelo menos nos quadrinhos herda o manto do nosso amado X-men.

Em 17 anos nos cinemas, é a primeira vez que podemos ver o Wolverine com aquelas características que marcaram o personagem nas HQ´s, um verdadeiro animal, feroz, extremamente violento, o melhor no que faz, mas o que ele faz não é nada bom. Em contrapartida com o decorrer da trama podemos ver o lado mais humano do Logan, sua relação com a pequena Laura mostra que “Os Brutos Também Amam” (alusão ao filme de 1953 do diretor George Stevens, aliás o clima de faroeste e o enredo apresentado em LOGAN, traz uma pequena homenagem ao clássico dos anos 50).

Hugh Jackman entrega sua melhor atuação do personagem, sua carta de despedida aos fãs de uns dos mais famosos mutantes, um ator que foi contestado lá 2000 por ser alto demais para interpretar o Wolverine, hoje, 17 anos depois passa o manto e aposenta as garras. Feliz por ter seguido essa trajetória até o final, triste por essa trajetória ter chegado ao final, sem deixar o ufanismo de lado, na opinião  de quem escreve... o melhor mutante de todos... “não seja aquilo que te fizeram”.

 Confira o Trailer: