terça-feira, 27 de setembro de 2016

{Resenha} O que há de estranho em mim - Gayle Forman



Título: O que há de estranho de mim
Autor (a): Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Páginas: 333
Gênero: Jovem adulto maduro
♥ ♥ ♥ ♥ ♥ 

Sinopse: Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade. Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito tempo. Logo outras garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil. V, Bebe, Martha e Cassie se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão. Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece.


Brit Hemphill é uma garota normal dentro de uma família perfeita que cresceu, rodeada de amor e carinho dos pais, seus pais se amavam e construíram para a filha um lar cheio de afeto e compreensão. Porém sua felicidade acaba se esvaindo quando ao decorrer dos anos sua mãe começa a apresentar comportamentos divergentes do habitual e após muitos exames recebe o diagnostico de esquizofrenia. Após o diagnostico e conseqüentemente o agravo do quadro de sua mãe, nossa protagonista vê aos poucos sua família ir desmoronando, seu pai já não é mais o mesmo, sua mãe desapareceu e sua vida está muito distante do que costumava ser.

Depois de ”perder” sua mãe para a doença o pai de Brit decide recomeçar casando-se novamente, a madrasta é uma pessoa que Brit odeia e a chama carinhosamente de Monstra. Tudo o que Brit faz parece incomodar a madrasta, ela é uma garota tranqüila, e o que incomoda sua madrasta é ela fazer de uma banda que faz shows na madrugada, ter tatuagens e mechas coloridas no cabelo contribui para que esse relacionamento piore cada vez mais, rendendo a nossa protagonista o título de adolescente problemática.
Mas é somente quando Brit é levada a um reformatório comportamental que vem a grande surpresa. Seu pai decidiu interná-la, acreditando na Monstra que Brit seria uma má influencia para o bebe que estava a caminho. Ele ficou completamente cego e acredito que Red Rock há ajudaria, acreditou que Brit receberia tratamento necessário para lidar com sua rebeldia, afinal consertar meninas rebeldes é o lema em Red Rock. Porém o que seu pai não imaginava o que acontecei por trás dos portões da Red Rock.
- Antes fossem apenas duas ou três notas baixas. E não é só isso. Brit, tenho sentido que você não faz mais parte dessa família. Você não é mais você, entende? Então achei que devia buscar algum tipo de ajuda antes que... Ele não terminou a frase. (Pág. 11)
Durante um tempo Brit se vê completamente sozinha em Red Rock, longe da sua família e daqueles que ama é impossível imaginar que poderia haver progresso para essa menina de apenas 16 anos. Com muito custo Brit resolve se enturmar faz amizade com V, Bebe, Martha e Cassie e recebe o apoio que precisava, seus dias tornam-se mais suportáveis e juntas adquirem forças para viver dia após dia em meio aos caos da sobrevivência e dos maus tratos.
Quando me trancaram na Red Rock, comecei a me sentir vazia, cansada e, na maioria das vezes, revoltada. (Pág. 96)

Há muitos jovens que assim como a Brit são mal interpretados não consegui ver Brit como uma ameaça ou uma garota problemática e sim como alguém que precisava de um pouco de atenção da família. Acredito sim que existam muitos jovens que necessitam de ajuda para lidar com questões como drogas, depressões, distúrbios, dentre outras dificuldades, mas não acredito que trancar algum seja uma solução, pelo contrário, a resposta pode estar no próprio lar do jovem, e quem sabe atenção e carinho dos pais e da família faça toda a diferença. 
O que há de estranho em mim não foi o melhor livro da autora, a historia foi bem água com açúcar, mas por ser a primeira ficção da Gayle acho que ela se saiu bem.
Foi legal acompanhar Brit e suas amigas em meio a tantas dificuldades mantendo a esperança e união até o fim, no meio de tudo isso ainda teve um romance de Brit com Jet. Mais uma vez Gayle Forman me surpreende com sua história bem escrita, reflexiva e cheia de superação.
Como sempre tenho que parabenizar a Editora Arqueiro pela diagramação e capa do livro que nos remete a protagonista da história. As folhas são amareladas e as letras confortáveis para a leitura. 







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