Título: O que há de estranho de mim
Autor (a): Gayle
Forman
Editora: Arqueiro
Páginas: 333
Gênero: Jovem adulto maduro
♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Sinopse: Ao
internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a
menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê
diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e
dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade. Sem saber em quem confiar
e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica
sozinha por muito tempo. Logo outras garotas se unem a ela na resistência
àquele modo de vida hostil. V, Bebe, Martha e Cassie se tornam seu oásis em
meio ao deserto de opressão. Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma
de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar
fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece.
Brit Hemphill
é uma garota normal dentro de uma família perfeita que cresceu, rodeada de amor
e carinho dos pais, seus pais se amavam e construíram para a filha um lar cheio
de afeto e compreensão. Porém sua felicidade acaba se esvaindo quando ao
decorrer dos anos sua mãe começa a apresentar comportamentos divergentes do
habitual e após muitos exames recebe o diagnostico de esquizofrenia. Após o
diagnostico e conseqüentemente o agravo do quadro de sua mãe, nossa
protagonista vê aos poucos sua família ir desmoronando, seu pai já não é mais o
mesmo, sua mãe desapareceu e sua vida está muito distante do que costumava ser.
Há muitos jovens que assim como a Brit são mal interpretados não consegui ver Brit como uma ameaça ou uma garota problemática e sim como alguém que precisava de um pouco de atenção da família. Acredito sim que existam muitos jovens que necessitam de ajuda para lidar com questões como drogas, depressões, distúrbios, dentre outras dificuldades, mas não acredito que trancar algum seja uma solução, pelo contrário, a resposta pode estar no próprio lar do jovem, e quem sabe atenção e carinho dos pais e da família faça toda a diferença.
Depois
de ”perder” sua mãe para a doença o pai de Brit decide recomeçar
casando-se novamente, a madrasta é uma pessoa que Brit odeia e a chama carinhosamente de Monstra.
Tudo o que Brit faz parece incomodar a madrasta, ela é uma garota tranqüila, e
o que incomoda sua madrasta é ela fazer de uma banda que faz shows na
madrugada, ter tatuagens e mechas coloridas no cabelo contribui para que esse
relacionamento piore cada vez mais, rendendo a nossa protagonista o título de
adolescente problemática.
Mas é somente
quando Brit é levada a um reformatório comportamental que vem a grande
surpresa. Seu pai decidiu interná-la, acreditando na Monstra que Brit seria uma
má influencia para o bebe que estava a caminho. Ele ficou completamente cego e
acredito que Red Rock há ajudaria, acreditou que Brit receberia
tratamento necessário para lidar com sua rebeldia, afinal consertar meninas
rebeldes é o lema em Red Rock. Porém o que seu pai não imaginava o que
acontecei por trás dos portões da Red Rock.
- Antes
fossem apenas duas ou três notas baixas. E não é só isso. Brit, tenho sentido
que você não faz mais parte dessa família. Você não é mais você, entende? Então
achei que devia buscar algum tipo de ajuda antes que... Ele não terminou a
frase. (Pág. 11)
Durante um
tempo Brit se vê completamente sozinha em Red Rock, longe da sua família e
daqueles que ama é impossível imaginar que poderia haver progresso para essa
menina de apenas 16 anos. Com muito custo Brit resolve se enturmar faz amizade
com V, Bebe, Martha e Cassie e recebe o apoio que precisava, seus dias
tornam-se mais suportáveis e juntas adquirem forças para viver dia após dia em
meio aos caos da sobrevivência e dos maus tratos.
Quando me trancaram na Red Rock, comecei a me sentir
vazia, cansada e, na maioria das vezes, revoltada. (Pág. 96)
Há muitos jovens que assim como a Brit são mal interpretados não consegui ver Brit como uma ameaça ou uma garota problemática e sim como alguém que precisava de um pouco de atenção da família. Acredito sim que existam muitos jovens que necessitam de ajuda para lidar com questões como drogas, depressões, distúrbios, dentre outras dificuldades, mas não acredito que trancar algum seja uma solução, pelo contrário, a resposta pode estar no próprio lar do jovem, e quem sabe atenção e carinho dos pais e da família faça toda a diferença.
O que há de
estranho em mim não foi o melhor livro da autora, a historia foi bem água
com açúcar, mas por ser a primeira ficção da Gayle acho que ela se saiu bem.
Foi legal
acompanhar Brit e suas amigas em meio a tantas dificuldades mantendo a
esperança e união até o fim, no meio de tudo isso ainda teve um romance de Brit
com Jet. Mais uma vez Gayle Forman me surpreende com sua história bem
escrita, reflexiva e cheia de superação.
Como sempre
tenho que parabenizar a Editora Arqueiro pela diagramação e capa do
livro que nos remete a protagonista da história. As folhas são amareladas e as
letras confortáveis para a leitura.
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