{Resenha} Enquanto eu te esquecia

Título: Enquanto eu te esquecia
Autor (a): Jennie Shortridge

Editora: Única

Páginas: 384

Gênero: Literatura Estrangeira / Romance

♥ ♥ ♥ ♥ ♥ 

Sinopse: Lucie Walker não se lembra de quem é ou como foi parar nas águas geladas da Baía de São Francisco. Encaminhada para uma clínica psiquiátrica, ela aguarda até que um homem chega afirmando ser seu noivo. Entretanto, com seu retorno para casa, essa mulher sem memória vai tomando conhecimento de sua personalidade antes do acidente, da pessoa controladora, fria e sem vida que era, e dos segredos da infância e da família, assim como da situação do noivado e dos mistérios que podem ter provocado o acidente. Será que ela quer isso de volta? Será que essa nova Lucie conseguirá manter o amor por Grady, ou a oportunidade de recomeçar será sua salvação? Intenso, franco e incrivelmente emocionante, Enquanto eu te esquecia é um livro delicado, que nos questiona sobre a maneira que vivemos e nos lembra que sempre temos uma nova chance de ser feliz.

Enquanto eu te esquecia é uma obra narrada na visão de três personagens, com capítulos intercalados. No primeiro momento somos apresentados a Lucie, uma mulher de 39 anos que acorda na praia de São Francisco desorientada, com água na altura dos joelhos e uma equipe de natação tentando chamar sua atenção. Porem ela não faz ideia de onde está ou porque esta naquele lugar. A memória de Lucie foi completamente apagada.

Após ser ajudada, ela é encaminhada ao hospital da cidade, onde fotos dela começam a serem espelhadas por todos os canais televisivos, cedidos pelo seu noivo que a procura desesperadamente.

No capítulo seguinte conhecemos Grady o noivo de Lucie que está à procura dela já tem cerca de uma semana, eles são noivos a mais de cinco anos, a antes do sumiço de Lucie o casamento estava marcado para dali 5 meses.

Grady, vai busca-la no hospital com esperanças de que nada mudou entre eles, mas Lucie não lembra de nada. Então com fotos e alguns objetos ele convence-a que a conhece e à leva para casa.

"Ela não o conhecia de jeito nenhum, e, no entanto, havia alguma coisa que dizia que sim."

A luta de Grady começa agora, ele terá que ajudá-la a trazer a memória quem ela é. Lucie não tem família, apenas uma tia distante que não a visita ou liga há anos.

 A nova Lucie é uma mulher que gosta de coisas simples, valoriza tudo nos mínimos detalhes, não se apaga a coisas materiais, gosta de cozinhar e adora jardim. Apesar de ter todos os sentidos, ela não sabe porque gosta disso ou se gostava daquilo. Sua mente esta como uma página em branco e sua determinação é descobrir quem ela é. E quem foi um dia.

Em outro capitulo conhecemos Helen, a tia distante de Lucie. Elas não se veem desde quando a sobrinha fez 18 anos e decidiu sair de casa. Uma relação extremamente distante por escolha e comportamento de ambas partes.

Lucie a procura depois de 20 anos e está totalmente diferente de quando virou as costas para a única família que tinha. Essa aproximação pode trazer descobertas nem tão agradáveis.

 Os capítulos são bem curtos então facilmente consegui me envolver na trama. É agoniante acompanhar Lucie na sua busca pelo seu eu. E com o tempo ela descobre que não era uma pessoa fácil de lidar, não tinha amigos e viveu apenas para valorizar seus bens materiais.

"Não é isto", ela disse, pressionando o tecido contra  rosto. "Não estou infeliz. Estou... Não sei como estou. Nem isso eu sei." Ela abaixou o guardanapo. Estava dando tudo errado. "Quem sou eu, Grady? O que faz de mim quem eu sou? Por que estou aqui com você?

Um livro leve, que traz muitos ensinamentos, o final ficou em aberto o que me deixou um pouco triste. Mas valeu a pena a leitura, fica aqui minha torcida pelo casamento de Lucie e Grady. 

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Beijos